Apesar de todos os avanços da Medicina Reprodutiva, alguns casos de infertilidade ainda permanecem sem um diagnóstico conclusivo. Nesses casos, falamos em Infertilidade Sem Causa Aparente (ISCA) — uma condição em que, mesmo após a realização de exames completos no casal, não é identificada uma causa específica para a dificuldade em engravidar.
Mesmo diante da ausência de um diagnóstico definido, existem estratégias e técnicas que podemos utilizar para superar esse tipo de infertilidade e aumentar as chances de sucesso reprodutivo.
A infertilidade é algo comum na natureza e, na maioria dos casos, tem tratamento. No entanto, para que o tratamento adequado seja indicado, é fundamental identificar corretamente as causas da infertilidade por meio de uma avaliação completa.
Ocorre que, em cerca de 5 a 15% dos casos, mesmo após a realização de todos os exames indicados na investigação, não é possível definir com precisão a causa da infertilidade. Nesses casos, utilizamos o termo Infertilidade Sem Causa Aparente (ISCA).
Embora a ausência de um diagnóstico específico possa gerar frustração, existem abordagens terapêuticas eficazes que podem ser adotadas com base no perfil do casal, histórico clínico e tempo de infertilidade.
Quais os tratamentos indicados para a ISCA?
Apesar de não ser possível identificar a causa exata para a infertilidade em casos de Infertilidade Sem Causa Aparente (ISCA), é possível ajudar casais a engravidar. Nesses casos, o tratamento será indicado com base em fatores como idade da mulher, reserva ovariana, tempo de tentativas e outros aspectos clínicos relevantes.
Os tratamentos mais comuns para ISCA são a fertilização in vitro (FIV) e a inseminação intrauterina (IIU).
A FIV é frequentemente recomendada para mulheres que já passaram por outros tratamentos sem sucesso, ou que enfrentam falhas de implantação ou abortamentos recorrentes. Em geral, essas mulheres apresentam outros fatores associados, como idade acima de 35 anos e baixa reserva ovariana.
Por outro lado, a inseminação intrauterina (IIU) tem indicações mais restritas e é geralmente mais indicada para mulheres com menos de 35 anos, reserva ovariana normal, exames de fertilidade dentro dos parâmetros normais para a reprodução humana e que estejam tentando engravidar há pelo menos um ano sem sucesso.
Estilo de vida mais fértil
Faz parte do protocolo de recomendação para todos os pacientes que buscam a clínica com queixa de infertilidade a mudança no estilo de vida. Independentemente de haver um diagnóstico específico de infertilidade ou de se tratar de infertilidade sem causa aparente, abandonar hábitos prejudiciais — como má alimentação, sedentarismo, tabagismo e o consumo excessivo de bebidas alcoólicas — pode ser uma excelente iniciativa rumo a uma gravidez saudável.
Nota: por se tratar de fatores biológicos, físicos e individuais de cada paciente, a realização do tratamento não é garantia de gravidez.