Transferência de Embriões
No tratamento de Fertilização in vitro, os embriões formados em laboratório podem ser transferidos frescos ou podem ser congelados para uma posterior transferência. Neste último caso, os embriões serão identificados e criopreservados, podendo ser transferidos ao útero no momento mais adequado.
Transferência de Embriões Frescos x Congelados
No passado, as técnicas de fertilização in vitro se mostravam mais eficientes quando o embrião era transferido ao útero da paciente logo após completar seu desenvolvimento (geralmente no terceiro dia, denominado estágio de clivagem, ou no quinto dia, estágio de blastocisto).
Com a evolução da medicina reprodutiva e a introdução da técnica de congelamento por vitrificação, essa realidade mudou. Atualmente, a transferência de embriões previamente congelados apresenta taxas de sucesso iguais ou até superiores à transferência de embriões frescos.
Uma das vantagens clínicas de transferir embriões congelados é que a paciente pode realizar o procedimento em um ciclo ovariano natural ou medicado. Além disso, trata-se de uma estratégia importante para reduzir o risco de Síndrome do Hiperestímulo Ovariano e evitar prejuízos à implantação embrionária decorrentes de alterações hormonais no final da estimulação ovariana.
Como funciona a transferência de embriões?
Existem duas formas de preparo do útero para realizar a transferência dos embriões:
- Forma Natural: é realizado o acompanhamento do ciclo natural da ovulação da paciente por meio do ultrassom transvaginal. Após alguns dias da ovulação natural, realiza-se a transferência.
- Forma Mediada: a partir do 2º ou 3º dia do ciclo menstrual, faz-se uso de estrogênio por cerca de 15 dias. Durante esse período, o crescimento do endométrio é monitorado por ultrassom. Quando a espessura adequada é atingida, inicia-se o uso de progesterona por aproximadamente 5 dias, para então realizar a transferência.
No caso da transferência com embriões congelados, eles são descongelados na manhã da transferência e têm sua qualidade avaliada antes da implantação. A taxa de sobrevivência ao descongelamento é próxima de 96%.
A transferência embrionária é realizada com um catéter que passa pelo colo do útero e deposita os embriões na cavidade uterina, com auxílio do ultrassom abdominal.
Após o procedimento, a paciente deve ficar em repouso por 2 dias. O teste de gravidez (Beta-HCG) será realizado entre o 9º e 11º dia após a transferência.
Nota: por se tratar de fatores biológicos, físicos e individuais de cada paciente, a realização do tratamento não é garantia de gravidez.