Os efeitos colaterais de um tratamento contra o câncer vão além da queda da imunidade e do cabelo. Ele também pode afetar diretamente a qualidade dos óvulos e espermatozoides, causando dificuldades para engravidar que podem ser temporárias ou, em alguns casos, permanentes.
Nos homens, um dos principais efeitos colaterais no âmbito reprodutivo é a redução temporária ou definitiva na produção de espermatozoides. Já nas mulheres, é comum haver diminuição da reserva ovariana ou até mesmo o esgotamento total dos óvulos — condição conhecida como menopausa precoce.
Para quem é indicado
Homens e mulheres que irão passar por tratamentos oncológicos, especialmente quimioterapia e radioterapia, devem receber orientação sobre os impactos destas terapias na saúde reprodutiva.
A partir desta informação, os pacientes devem avaliar se têm desejo — mesmo que não totalmente definido — de ter filhos após o tratamento. Caso identifiquem esse desejo, o oncologista fará o encaminhamento para um especialista em reprodução humana, iniciando o processo de preservação da fertilidade antes do início do tratamento oncológico.
Vale reforçar que, na maioria das vezes, o processo de preservação da fertilidade é rápido e não atrasa o início da terapia contra o câncer. Consulte seu oncologista antes de tomar qualquer decisão.
Como funciona a oncofertilidade para mulheres
Para as mulheres, existem duas formas principais de preservar a fertilidade:
- Congelamento de óvulos: O processo dura de 10 a 15 dias e envolve estimulação ovariana acompanhada de ultrassonografias transvaginais para monitorar o crescimento dos folículos. Quando o momento ideal é identificado, realiza-se a coleta dos óvulos, que são congelados para uso futuro.
- Congelamento de tecido ovariano: Indicado especialmente para pacientes que não podem esperar pelo ciclo de estimulação ovariana — como meninas pré-púberes ou mulheres com cânceres agressivos —, esse método consiste na retirada laparoscópica de fragmentos do ovário para congelamento.
Como funciona a oncofertilidade para homens
Para os homens, o congelamento de espermatozoides é um procedimento rápido e simples, muitas vezes podendo ser realizado no mesmo dia do diagnóstico oncológico. Após encaminhamento do oncologista, o paciente realiza a coleta de sêmen por masturbação na clínica especializada.
A amostra é analisada para verificar se possui qualidade adequada para possibilitar uma gestação futura. Caso haja algum comprometimento, o especialista poderá solicitar uma segunda coleta para ampliar as chances de sucesso em um tratamento reprodutivo após a cura do câncer.
Nota: Por se tratar de fatores biológicos, físicos e individuais de cada paciente, a realização do tratamento não é garantia de gravidez.
Preservação da Fertilidade em Pacientes Oncológicos
Tratamentos oncológicos, como quimioterapia e radioterapia, embora fundamentais no combate ao câncer, podem impactar significativamente a função reprodutiva de homens e mulheres. Essas terapias podem comprometer a qualidade dos gametas e afetar a fertilidade, gerando dificuldades para engravidar que podem variar de temporárias a permanentes, de acordo com o tipo de tratamento, dose utilizada e idade do paciente.
Nos homens, o principal impacto é a redução temporária ou definitiva na produção de espermatozoides. Nas mulheres, observa-se uma diminuição da reserva ovariana, podendo ocorrer inclusive o esgotamento total dos óvulos, caracterizando a menopausa precoce.
Para quem é indicada a preservação da fertilidade
Homens e mulheres que irão passar por tratamentos oncológicos — especialmente quimioterapia e radioterapia — devem ser informados sobre os possíveis impactos dessas terapias na saúde reprodutiva.
A partir dessas informações, o paciente deve avaliar o desejo de ter filhos, mesmo que esse desejo não esteja totalmente definido. Caso manifeste interesse, o oncologista fará o encaminhamento para um especialista em reprodução assistida antes do início do tratamento.
Na maioria dos casos, o processo de preservação da fertilidade é rápido e não interfere no cronograma oncológico. Por isso, é fundamental conversar com o oncologista antes de tomar decisões.
Como funciona a oncofertilidade para mulheres
O congelamento de óvulos é o método mais utilizado. O processo leva cerca de 10 a 15 dias e envolve estimulação ovariana, ultrassonografias e coleta dos óvulos para congelamento.
Em casos em que não é possível realizar a estimulação ovariana — como em meninas pré-púberes ou pacientes que precisam iniciar o tratamento imediatamente — pode-se optar pelo congelamento de tecido ovariano.
Como funciona a oncofertilidade para homens
O congelamento de espermatozoides é simples e pode ser realizado de forma imediata. A coleta é feita por masturbação na clínica especializada e o material passa por análise para verificar a qualidade. Se necessário, uma segunda coleta pode ser solicitada para aumentar as chances de sucesso reprodutivo futuro.
Nota: Por se tratar de condições biológicas e individuais, nenhum tratamento garante gravidez.