Maternidade independente
A sociedade evoluiu muito no último século, especialmente no que se refere aos direitos das mulheres. Elas conquistaram mais liberdade, entraram no mercado de trabalho, passaram a ter mais autonomia para decidir sobre sua vida reprodutiva… E estas são apenas algumas das mudanças que afetam o comportamento feminino na hora de decidir engravidar.
Por este motivo, a maternidade tem acontecido cada vez mais tarde para muitas mulheres, afinal, elas decidiram focar em realizar outros sonhos antes de tornarem-se mães. Até aí, nenhum problema, se não fosse o fato de que a fertilidade feminina cai com o passar dos anos.
Quando finalmente estão prontas emocional e financeiramente para embarcar na linda jornada da maternidade, muitas mulheres podem não estar em um relacionamento, mas isso não significa que elas precisarão adiar ainda mais a realização deste sonho.
A maternidade solo - ou maternidade independente - é uma opção cada vez mais popular entre mulheres que chegaram a um ponto da vida em que a chegada de um filho é mais importante do que a existência de um parceiro para ser o pai.
Para quem é indicado?
A maternidade solo ou independente é recomendada para mulheres que desejam ser mães sem necessariamente estar em um relacionamento.
Como é feito o tratamento?
O primeiro passo para iniciar um tratamento de maternidade independente é fazer uma avaliação da saúde reprodutiva dessa mulher. Serão avaliadas a reserva ovariana, a morfologia uterina, fatores hormonais, genéticos e imunológicos, entre outros.
A partir daí, podemos seguir para a escolha do doador de sêmen. Para isso, nós conversamos com a futura mamãe sobre os requisitos que ela gostaria que o doador tivesse: altura, idade, cor de pele, até mesmo seus hobbies e sua profissão é possível conhecer!
De posse dessas informações, recorremos a um banco de esperma para buscar uma amostra que contenha as características desejadas pela paciente. Por último, seguimos com o tratamento em si, que pode acontecer de duas formas:
- Fertilização in vitro (FIV): é a escolha mais frequente, pois em muitos casos, a mulher que opta pela maternidade independente já tem uma idade mais avançada. Como nestes casos, o tempo é nosso maior fator dificultador de uma gravidez, a FIV é o tratamento com maiores chances de sucesso.
- Inseminação artificial: menos frequente, a inseminação pode ser uma alternativa para mulheres mais jovens, com boa reserva ovariana e bom funcionamento das trompas.
A decisão sobre qual será o tratamento a ser seguido é uma decisão da paciente: o médico tem o papel de orientar sobre os prós e contras de cada opção, recomendando o que ele considera melhor para cada caso.